Era uma vez: jaqueta jeans!
- | PAUSA |
- 20 de mai. de 2020
- 2 min de leitura

Era uma vez uma jaqueta jeans oversized (largona) que tava pedindo um amor. E essa é a (nossa) história.
Hoje é o dia da famosa 501 da Levi's e vamos comemorar falando de Denim e de customização!
Essa jaqueta é minha, já me acompanhou em muitos momentos especiais e me traz ótimas lembranças. Também a customização dela, que foi feita em duas etapas, simboliza dois ritos e memórias queridas.

Tres momentos marcados nela que quero compartilhar com vocês.
O primeiro é de quando a comprei. Eu tinha acabado de chegar na Espanha pra fazer um mestrado. A temperatura começou a baixar com o outono e ela me acompanhou em dias frescos e dias frios, quando eu usava um colete de pele fake de carneiro por baixo. Muitas idas e vindas da faculdade, muita praticidade com os mil bolsos que ela tem. Aboli o uso de bolsas e descobri esse meu lado pocket lover.
Depois de alguns meses passei a estagiar em uma empresa que oferece soluções tecnológicas e mais sustentáveis para a lavanderia de denim, chamada Jeanologia. Amei meus seis meses estagiando ali, todo o aprendizado e as relações que nutri.

Trabalhar tanto com jeans me fez enxergar alguns defeitos na minha jaqueta querida. Então logo antes que acabasse meu estágio, para marcar essa etapa, levar comigo sempre parte desta experiencia que tive, das pessoas que conheci e para dissimular os defeitinhos que eu via, apliquei uma das tecnologias na minha jaqueta: o laser marking, ou marcação a laser.
Eu falo sobre como essa tecnologia funciona e porque ela é mais sustentável aqui. São mil possibilidades, desde desenhar as lavagens até marcar texturas ou grafismos como eu fiz!
O terceiro momento foi a celebração desse ano de muito trabalho no mestrado: um desfile coletivo de sustentabilidade em Valencia, Espanha, que aconteceu no meu lugar favorito: a cidade das Artes e das Ciências.

Eu senti que a jaqueta pedia algo mais e já há algum tempo eu vinha elaborando o conceito de misturar artesanato e tecnologia: o Handmade | Techmade. Então busquei me expressar nela utilizando uma das minhas técnicas favoritas, o bordado manual.
Sem o usar tradicional risco, bordei free style! Linha e agulha na mão, fui me deixando levar, com diferentes espessuras de linha, tipos de pontos e usando fios de tricô também. Com o próprio bordado criei duas pregas nas costas pra mudar um pouco o corte que era aberto demais e eu não gostava tanto.
Personalizações são assim: podem ser feitas em etapas, pouco a pouco como quem vai tatuando na pele momentos importantes pra nunca esquecer. Dá pra ir atualizando as peças de roupa pra que elas acompanhem as mudanças que acontecem tanto no corpo, quanto dentro da gente! E assim evitamos de nos distanciar e acabar descartando peças que poderiam ser utilizadas ainda por muitos anos.
E aí? Vamos nos reconectar com antigas peças de roupas?
A próxima história aqui pode ser a sua e da sua roupa favorita!
Fiquem bem!
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